Copa do Mundo: Brasil e Alemanha, as únicas seleções com três finais consecutivas
As seleções brasileira e alemã, foram as únicas até hoje que alcançaram três finais de Copa do Mundo de forma consecutiva. França vai em busca desse feito em 2026.
A Copa do Mundo é acima de tudo o principal torneio do futebol de seleções. Conquistar uma Copa é, antes de tudo, se firmar como a melhor seleção do mundo, e por isso chegar até uma final é uma verdadeira saga.
Além disso, a própria dificuldade da competição em si, que reúne as melhores seleções e os melhores jogadores, bem como o fato de a competição ser disputada de 4 em 4 anos, aumenta ainda mais a façanha que apenas Brasil e Alemanha têm.
Seleções que chegaram em duas finais de Copa consecutiva
Ao longo da história das Copas, algumas vezes outras seleções chegaram perto de alcançar três finais de forma consecutiva, porém, por diferentes razões, não conseguiram este objetivo. E foram essas:
Itália – 1934 e 1938
De acordo com os registros, a seleção italiana foi a primeira na história das Copas a alcançar finais de forma consecutiva. Primeiro, veio o título em casa, na segunda edição do torneio em 1934. Logo depois, os italianos conquistaram o bicampeonato mundial na França, em 1938.
Uma pena para eles, que a edição seguinte, que seria em 1942, bem como a de 1946, não foi realizada por motivos óbvios.
Em 1950, no Brasil, a seleção italiana não era mais a mesma. Ainda mais depois de ter perdido alguns dos seus principais jogadores em um acidente aéreo do time do Torino, um ano antes.
Brasil – 1958 e 1962
Em síntese, os dois primeiros títulos do Brasil, que é o maior campeão da competição, vieram de forma consecutiva. Na primeira participação de Pelé, a seleção conquistou o título inédito na Suécia, em 1958, com ele sendo um dos protagonistas.
Logo em seguida, no Chile, em 1962, o bicampeonato mundial teve como principal nome o Garrincha. Porém, quatro anos depois do bicampeonato, embora a seleção brasileira fosse uma das favoritas ao título na Inglaterra, a queda veio já na fase de grupos.
Holanda – 1974 e 1978
A Laranja Mecânica, comandada por Rinus Michel, contava com grandes jogadores, sobretudo o principal nome Johan Cruyff. À primeira vista, os holandeses deixaram todos surpresos com um estilo de jogo totalmente inovador na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, onde chegaram até a grande final, mas perderam para os anfitriões.
Quatro anos mais tarde, na Argentina, em 1978, novamente os holandeses foram vice-campeões do mundo, perdendo a final para a seleção anfitriã. Contudo, inexplicavelmente, ficaram de fora da Copa de 1982.
Argentina – 1986 e 1990
A geração argentina dos anos 80 certamente se resume a um nome: Diego Armando Maradona.
Com duas apresentações extraordinárias, nos mundiais de 1986, no México, e posteriormente de 1990 na Itália, o craque conduziu sua seleção até as finais. Na primeira oportunidade, o título veio de forma incontestável ao derrotar a Alemanha Ocidental por 3×2.
Todavia, na segunda, apenas Maradona poderia levar aquela Argentina até a final e levou, embora tenha perdido para a mesma Alemanha, desta vez por 1×0.
Depois que enfrentaram dificuldades para chegar até o Mundial de 1994, os argentinos até começaram bem na competição, mas, logo depois, veio o caso de doping de Maradona, que eventualmente levou à eliminação precoce nas oitavas de final para a Romênia.
A chance da França na Copa do Mundo 2026
A hegemonia que apenas brasileiros e alemães têm, os franceses também querem alcançar. E parece que estão focados neste objetivo. Afinal, a França chegou às finais das duas últimas edições da Copa do Mundo.
Primeiro, em 2018, na Rússia, quando veio o segundo título mundial em cima da Croácia. E por último, a final onde a seleção de Mbappe foi derrotada nos pênaltis pela Argentina de Messi, em 2022, no Catar.
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Portanto, a chance da França de se igualar a Brasil e Alemanha pode vir na edição de 2026, na América do Norte.
A hegemonia Alemã e as três finais da Copa do Mundo
Antes de mais nada, é importante destacar a persistência alemã, pois apesar de duas finais perdidas, os alemães foram resilientes e venceram na terceira oportunidade. Contudo, nas últimas edições, com exceção de 2014, ficaram longe desse feito.
Copa do Mundo 1982 – A incrível final contra a Itália
Primeiramente, na Copa da Espanha, em 1982, houve um aumento no número de seleções, assim como ocorrerá em 2026, o que mexeu na fórmula de disputa do torneio. Além disso, a competição contou com a participação de novas seleções que estavam surgindo no cenário do futebol. Um exemplo foi a Argélia, que surpreendeu ao derrotar a Alemanha logo na estreia – uma grande zebra.
Logo depois, os alemães se recuperaram e foram avançando fase após fase, até alcançarem a grande final contra a Itália, que havia eliminado, por exemplo, Brasil e Argentina.
Em uma das maiores finais de Copa já disputadas, a Azzurra levou a melhor e conquistou o tricampeonato com uma vitória por 3×1, no Estádio Santiago Bernabéu.
Copa do Mundo 1986 – A derrota para a Argentina de Maradona
Posteriormente, os alemães não se deixaram abater e, quatro anos depois, no México, lá estavam eles novamente na grande final.
Antes disso, tiveram que eliminar seleções menos tradicionais, como Marrocos e México no mata-mata, bem como a França de Platini na semifinal. Todavia, o grande desafio da Alemanha, já bicampeã mundial naquela época, veio justamente na final contra a Argentina.
Os argentinos, ao contrário, eliminaram seleções bem mais fortes e contavam com um Maradona inspirado. Como resultado, o título foi para os sul-americanos, marcando mais um vice para a Alemanha, com um placar de 3×2.
Copa do Mundo 1990 – A revanche em cima da Argentina
Finalmente, após duas finais perdidas, em 1990, na Itália, os alemães retornaram à final, e novamente contra a Argentina.
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Pela primeira vez na história das Copas, uma final era disputada entre as mesmas seleções de uma edição anterior. Ou seja, uma repetição consecutiva da final. Se quatro anos antes a Argentina conquistava o bicampeonato sobre a Alemanha, agora, quatro anos depois, foi a Alemanha que se tornou tricampeã mundial ao derrotar a Argentina. Assim, os alemães deram o troco.
A hegemonia Brasileira e as três finais da Copa do Mundo
Ao contrário da seleção alemã, a seleção brasileira teve mais vitórias do que derrotas no período em que disputou três finais consecutivas de Copa, conquistando dessa forma o tetra e o pentacampeonato mundial.
Copa do Mundo 1994 – O tetra em cima da Itália
O momento da seleção brasileira era difícil, com resultados como a eliminação precoce na Copa de 1990, a primeira derrota nas eliminatórias para a Bolívia e as constantes trocas de treinadores em curto período.
Apesar disso, finalmente, depois de 24 anos, o Brasil voltou a disputar uma final de Copa do Mundo contra o mesmo adversário de 1970: a Itália. Pela primeira vez na história, uma final foi decidida nas penalidades. E como muitos sabem, a seleção brasileira saiu vitoriosa e conquistou o tetracampeonato.
Copa do Mundo 1998 – A perda do título para a França
Uma das derrotas mais dolorosas da história do Brasil ocorreu em solo francês, tendo a seleção da casa como algoz.
O Brasil chegou à França para defender o título da copa anterior, mas o caminho até a final em território francês foi desafiador. A seleção comandada por Zagallo encontrou dificuldades, sobretudo contra seleções da Escandinávia. Por exemplo, perderam para a Noruega na fase de grupos e venceram a Dinamarca com dificuldade nas quartas.
A vaga na final veio após uma classificação dramática contra a Holanda na semifinal. Por fim, na grande final, o Brasil enfrentou a anfitriã França, que nunca havia sido campeã. Entretanto, os franceses não desperdiçaram a oportunidade e venceram por 3×0 com uma atuação brilhante de Zidane.
Copa do Mundo 2002 – O penta em cima da Alemanha
À semelhança do tetra em 1994, a campanha nas eliminatórias foi sofrida, com o Brasil garantindo uma das vagas sul-americanas apenas na última rodada.
Posteriormente, em território coreano, a seleção treinada por Felipão passou facilmente na fase de grupos contra Turquia, China e Costa Rica, que era, convenhamos, um grupo fácil. Na sequência, em solo japonês, o Brasil eliminou a Bélgica nas oitavas, a Inglaterra nas quartas e, por fim, a Turquia nas semifinais. Dessa forma, alcançou sua terceira final consecutiva de Copa do Mundo, igualando o feito da Alemanha.
E por falar na Alemanha, foi justamente a adversária do Brasil na final. Ronaldo brilhou ao marcar os dois gols que garantiram a vitória brasileira e a conquista do pentacampeonato.
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